terça-feira, 23 de setembro de 2008
EU SOU “O” BOY
A despeito de tudo isto, esta viagem teve um momento marcante, sui generis. Olha, se eu não estivesse lá, não teria acreditado. Nem vocês.
Estamos nós, eu, Amaro e Omar, voltando do almoço do último dia de Congresso, quando, de repente, no lobby do hotel, sai... Quem? Quem? Ele, KID VINIL! Vi e pensei: “Nossa, o Kid Vinil!”. Mas não saiu palavras.
O Omar, pelo contrário, exclamou: “KIIIIDDD VINIIIIILLL!”. KID acenou positivamente com a cabeça, fingindo não ter ouvido a exclamação.
No mesmo momento, com ar de espanto, Amaro perguntou: “É o KID VINIL?”. Respondemos que sim. Ele saiu gritando pelo lobby: “KIIIIIIIIIIIIIIDDD! KIIIIIIIIIIIIIIDDD! KIIIIIIIIIIIIIIDDD!!!” Não estava entendendo nada, mas achei engraçado. Amaro conseguiu alcançar o KID VINIIIIILLL na escadaria do hotel e disse: “KID, EU SOU 'O' BOY!!!” Daí KID VINIIIIILLL retrucou: “AMAAAROOOO!” hahahahahahahahahaha!!!
Não me aguentei. Carquei de dar risada. O Omar, com olhar de espanto, sorria. Não acreditávamos. Fomos ao encontros dos amigos. E o KID nos convidou para o lançamento do livro dele e nos avisou que, à noite, iria tocar numa balada. Tudo certo. Perguntei para o Amaro: “Você é o boy da música?”. Ele respondeu que o boy trabalhava para ele. Um dia orientou-o a gravar uma composição sua em estúdio de um amigo, que acabou sendo gravada pelo grupo Magazine do KID VINIIIIILLL. Depois, é só lenda.
Fomos encontrar o KID VINIIIIILLL na balada. Tiramos fotos. Batemos papo. Demos risadas. E descobrimos que a balada era meio GLS... Qual é a chance de você encontrar o KID VINIIIIILLL em Belô, com o Boy numa balada GLS? Com certeza, 1%! Mas foi incomensurável a alegria de viver aquele momento.
Grande Amaro, é um prazer ser seu amigo!
CONGRESSO EM BELÔ
É sempre uma honra poder viajar o país a trabalho e encontrar pessoas e culturas diferentes. Conhecer lugares. Difundir pesquisas e se surpreender com o que tem sido feito. Mas nada é mais relevante nestas viagens de trabalho do que encontrar, fazer e amizades.
Em Belo Horizonte, tive este prazer imenso de ter acesso a todas estas alegrias. Alegria mesmo de viver para adquirir e compartilhar conhecimentos.
Para mim, é sempre estimulante estar ao lado de grandes amigos como Amaro Moraes e Omar Kaminski. O conhecimento deles sobre Direito e Internet é desafiador. Por outro lado, no pessoal, não há o que se dizer acerca do quanto aprendo com eles. Como não ressaltar o prazer que foi conhecer José Gois Jr e Aires José Rover que são pessoas doces e de um conhecimento dadivoso.
Não preciso declamar aqui o quanto aprendi, o quanto nós aprendemos, dos novos amigos que fizemos (Bernardo Grossi, Pedro e Bernado II) e que sempre guardaremos na memória com carinho e seremos gratos pela entrega generosa.
Belô, é a capital mais interiorana que conheci. Vale a pena o passeio.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
A falta de inspiração para escrever
Ultimamente, estou submetido a uma situação pouco comum: a falta completa de vontade para escrever. Não faltam os assuntos e possibilidades de inspiração. Pensei em preguiça profunda. Algo que gruda no corpo e nos impede de ir escrevendo sobre algo ou alguém. Acho que não é isto... Tenho trabalhado a ritmo frenético e produzido bastante. Com qualidade?
Temas não faltam. Aliás, a falta de temas não é o meu problema. O que me falta, então? Sei que quando escrevo preciso estar movido invariavelmente ao desejo incontrolável de colocar para fora, de me expor, de buscar uma certa redenção que, com certeza, não virá respondida por meio da internet. Aqui, neste tipo de inconsciente coletivo, de que a internet irá responder algo, que me resigno. Acho que é aí que está a minha falta de vontade, tesão mesmo para escrever. Na internet não estão as minhas respostas ou minhas proposições. Mesmo se tiver a intenção para tanto, não conseguirei explorá-las em toda a sua amplitude. Serei mal interpretado. Não farei com que o meu interlocutor se coloque no meu lugar. Ele não quer isto. Ele quer se projetar em mim para criar algo diferente do que eu sou , do que eu penso. Quando alguém me lê, já não sou eu quem escrevo. É alguém interferindo na minha escrita e nas minhas idéias. Estou me sentindo corrompido. Não pela projeção ou transfiguração do meu pensamento, mas pela limitação da língua, do meu pensamento, da minha compreensão que dobro dialeticamente para o meu leitor. Aí está o motivo de meu desânimo... Vou imergir e recuperar a minha ignorância para poder escrever sem saber de nada disto. A ignorância é uma dádiva que me falta ultimamente...
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ignorância; conhecimento; escrever; ato
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